Páginas

Alguém que vive na rua



De todos os caminhos que a vida nos deu
No pior deles ele viveu
E não creio que de facto
Ele o escolheu...

Roupas surrentas, pés quase sempre no chão
Não tinha identidade
E sem ter um caminho certo
Vagabundeava pela cidade...

A sua pele de frio ardia
O seu estômago de fome doía
Mas o seu coração insistia e batia
E sem rumo e sem destino, ele sofria...
Ele vivia...

Sofreu amarguras, foi enxotado e humilhado
No seu rosto o olhar cansado
Já sem esperanças...desanimado
Pois foi por poucos ajudado...

Como ele suportava viver o seu dia-a-dia?
Se quando entardecia...sem ter moradia
Entre jornais e papelões...ele adormecia!

Teve um dia uma família? Era um ser humano!
Mas da maneira que viveu, até disso se esqueceu
Sofria...possuía sentimentos
Afinal...era composto como eu...

Afinal porque viveu assim?
Seria destino, karma ou fraqueza?
Hoje é admirado pela nobreza
Seja quem tivestes sido
Vivesse na pobreza e sem ter sido sua escolha
Hoje é cortado como folha...

A toda a sociedade
Que não conseguiu olhar
Que por muitas vezes o chegou a desrespeitar
E é a essa mesma sociedade que hoje ele vem ajudar
É uma história de força
Para sempre admirar!



Nenhum comentário:

Postar um comentário